“Não podemos concordar que o jornalista, entre aspas, pegue
um material criminoso e bote pra fora”, afirmou Bolsonaro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comparou, nesta
quarta-feira (31), a publicação de reportagens do site panfletário Intercept
contendo mensagens hackeadas de autoridades brasileiras ao crime de receptação.
O site, do qual o militante norte-americano Glenn Greenwald
é editor e cofundador, tem publicado desde 9 de junho matérias com base neste
material roubado.
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o hacker Walter
Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, confirmou que repassou o material a
Greenwald sem exigir nenhuma recompensa financeira.
Ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta,
Bolsonaro voltou a falar sobre o assunto:
“Não podemos concordar que o jornalista, entre aspas, pegue
um material criminoso e bote pra fora. É igual ao cara que é acusado do crime
de receptação. Não posso pegar um carro que é roubado e vender para você.”
E, segundo o jornal Folha, acrescentou:
“Não pode pegar uma informação, sabendo que é criminosa,
invasão de celulares, até o meu, e passar para frente. Todo mundo tem que ter
responsabilidades: vocês, jornalistas, advogados, eu, todo mundo.”
Questionado sobre o ato a favor de Greenwald, nesta
terça-feira (30), no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no
centro do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse se tratar de um direito do
jornalista:
“Aqui é um país livre. Apoia quem bem entender.”
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