A GUERRA COMERCIAL À PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA BRASILEIRA

O FIO DA MEADA I
“GUERRA COMERCIAL À PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA”

O FIO DA MEADA I
“GUERRA COMERCIAL À PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA”
“MELHOR MERCADO”
(Alberto Tamer - O ESP 12-12-1996)“

As exportações americanas para os países da Ásia e do Pacífico, de U$ 193 bilhões este ano, criaram 3,8 milhões de empregos nos Estados Unidos. E excedem em, pelo menos, U$ 50 bilhões as vendas para a Europa. São dados do Departamento de Comércio dos EUA. Ele estima que, para cada bilhão exportado, se criam no país 20 mil empregos. Daí a prioridade que o Governo vem dando a essa região.”

“PANELA NO IMPASSE”
(Joelmir Beting - O ESP - 12-12-1996)

“Os Estados Unidos” já respondem por 23% do comércio agrícola mundial, com exportações anuais de U$ 58 bilhões na média dos anos 90.”
“Campeões do protecionismo na economia rural, os europeus tentam esvaziar até mesmo a agenda de 1999 da OMC. A Europa mal consegue sustentar compromissos de abertura firmados com os Estados Unidos no Acordo de Blair House. A delegação americana continua primando pela ambiguidade nessa abrasiva matéria: o discurso é de abertura, o recurso é de fechadura.”


“ITR, IMPOSTO DE 3% SOBRE O FATURAMENTO AGRÍCOLA”
(Fernando Homem de Melo - Prof. USP, pesquisador FIPE - O ESP – 16-12-1996)
“Praticamente ao mesmo tempo, ou pouco depois, da aprovação da isenção do “ICMs” nas exportações de produtos primários e semi-elaborados em setembro último, o governo conseguiu aprovar três mudanças tributárias de grande e negativo impacto sobre o setor agrícola:

- A CPMF, a partir de 20/1/97
- A contribuição previdenciária rural (MP 1523, de 11 de outubro de 1996)
- O ITR (MP 1529 de 19 de novembro de 1996)
Em especial, ele, inteiramente, desconsidera os enormes custos pagos pelo setor agropecuário com o plano Real, por meio dos efeitos negativos das “âncoras” monetária e cambial ao longo de 1995.”


“O M.S.T.” (O ESP - 12-01-1997)
José Pedro Stedille, “coordenador” nacional do MST, declarou ao Jornal o ESP de 12-01-1997 (Caderno Especial), que “a produção agrícola nacional deve limitar-se ao mercado interno. Afirmou, ainda, ser desnecessária a exportação de produtos agrícolas”. Esse objetivo do MST revela que o intento de seus membros é colaborar com os produtores agrícolas da América e Europa, na preservação de seus mercados internacionais. A traição fica mais evidente, quando se observa que os “donativos” para a esquerda brasileira vêm da América e da Europa. O “Pedro Gaúcho” ainda afirmou à reportagem, de forma desassombrada, que “por enquanto não seria necessário temer o MST, isso acontecerá mais tarde.”



“A GUERRA SUJA DA CIA”
(Mário Chimanovich - Isto É - 15-01-1997)

“O muro de Berlim caiu, a “guerra fria” terminou, mas tudo indica que a guerra suja continua. Seus objetivos, agora seriam eminentemente econômicos, e para serem alcançados afetam setores políticos, desestabilizando-os, se isso for necessário. É nessa nova realidade que se encaixa a tese, que vem circulando na espionagem européia e latino-americana: a CIA teria arquitetado o golpe dado no dia 17 de dezembro último, pelo grupo guerrilheiro TÚPAC-AMARU, em Lima, Capital do Perú, contra a representação diplomática japonesa naquele país. Mais, a CIA também estaria por trás do vazamento de informações sobre a contaminação do Centro de Pesquisas Nucleares de ARAMAR.”






Ressalte-se que o MST tem um antigo acampamento na fazenda Ipanema(IPERÓ), perto de ARAMAR, onde treina os soldados da guerrilha e homizia seus integrantes processados ou, eventualmente, procurados pela polícia.
Outro centro de treinamento situa-se no município de Cajamar próximo a São Paulo.



“No caso do Peru, segundo apurou ISTOÉ, a operação da CIA teria por objetivo desestabilizar as relações entre Lima e Tóquio, já que o Japão tem delineada a estratégia de transformar o país andino em sua ponta-delança de entrada no Mercosul. Além disso, o Peru seria o caminho para alcançar os recursos minerais e madeireiros da Amazônia.”

Os artigos e reportagens, parcialmente transcritos acima, publicados desde dezembro de 1996, confirmam que a ação do Governo na agropecuária trai os interesses da Nação, para proteger exportadores americanos e europeus de produtos agrícolas.

De fato, FHC e sua equipe, desconsiderando que imposto no campo é confisco na mesa, vem acuando os produtores brasileiros de alimentos, com toda sorte de medidas contrárias à atividade:
a) juros extorsivos, incompatíveis com a atividade agropecuária;
b) instabilidade política, permitindo à guerrilha SENDERO-MAOISTA do MST, PT e congêneres, que invada e destrua inúmeras fazendas. Tal prevaricação inibe o investimento no setor;
c) câmbio desfavorável e taxação das exportações, quando todos os países subsidiam os exportadores;
d) reforma agrária - política que naufragou em todo o mundo por contrariar princípios econômicos, comprometer o abastecimento e socializar prejuízos, além de implementar o assistencialismo.

É bom marcar, que o Ministro Pedro Malan residiu na América do Norte por muitos anos, fato que certamente o distancia da realidade e dos interesses brasileiros. Caso contrário, teria tomado providências para adequar as medidas governamentais às necessidades inerentes à guerra comercial. Todavia, o país continua vulnerável como antes da posse de FHC, talvez mais, porque as exportações estão caindo em relação ao PIB.

Essa postura do Governo Federal, aparentemente irracional, trai a Nação, na medida em que submete o país aos interesses dos Países do Primeiro Mundo, protegendo seus mercados de exportação, à custa das nossas potencialidades, praticada pela classe política.

Diante das agruras e perseguições a que são submetidos, os agropecuaristas, com certeza, deixarão de investir na atividade e breve veremos o maior país agrícola do mundo importando alimentos da América e Europa, a custa de endividamento. Consequentemente, o país ficará mais vulnerável e, portanto, sujeito as maiores pressões.

Em resumo, ONG´s e países do chamado Primeiro Mundo financiam a guerrilha rural no Brasil, sob o beneplácito do governo FHC, com o claro objetivo de impedir, que o país concorra em seus mercados.

Para os nossos concorrentes seria desastroso um corredor de exportação do Brasil através do Perú, com o apoio do Japão, país de economia complementar à Brasileira. Essa iniciativa encurtaria em dois terços a rota de exportação para o Oriente, desenvolveria o norte do país, consolidando a Amazônia Brasileira e concorreria com os 193 bilhões de dólares em exportações americanas para a Ásia. Toda a exportação de grãos produzidos em Mato Grosso e Rondônia (23% da produção nacional) escoaria pelo Pacífico ao invés de fazer “turismo” pelo Amazonas e pelo Atlântico, até Roterdã!! E de lá para o Canal do Panamá.

Como a economia é o fato gerador da história, os riscos para as economias concorrentes, explicam a fulminante ressurreição do TUPAC-AMARU no Perú e a força política e econômica do MST no Brasil, movimento guerrilheiro sendero-maoista, que goza de espantosa imunidade. Contra o MST a Constituição Federal, o Código Penal e os direitos da sociedade são letra morta, obrigando os produtores rurais a
defenderem-se de forma assimétrica, em razão do absurdo apoio que os Governos Estaduais, Municipais e Federal darão à narcoguerrilha do MST.

Os antigos romanos, diante de algum fato inusitado, perguntavam:
A quem interessa? A leitura deste texto não deixa dúvidas quanto aos interessados e seus aliados tupiniquins.

Os americanos e europeus estão corretos em tentar defender o bem estar e o emprego no seu país. Terrível é o governo FHC “colaborar” com isso, à custa da miséria do povo brasileiro, e graças a fragilidade e inadequação das instituições brasileiras! A autodeterminação político-econômica do Brasil é a única solução para essas mazelas, que mantêm a Nação brasileira injustificadamente no terceiro mundo.

São Paulo, 15 de janeiro de 1997
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS PAIVA
Presidente

OBS.: Atualmente, a tese absurda de Reforma agrária no Brasil naufragou, porque o superávit do agronegócio (40 bilhões de dólares por ano), garante o pagamento dos juros da dívida externa e porque a segurança alimentar do Primeiro Mundo depende da saudável produção agrícola brasileira (boi verde livre do mal da vaca louca). (setembro de 2005).



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