Secretário afasta corregedores que aparecem em vídeo tirando a roupa da ex-escrivã

Não se deve combater um crime com outro crime - Abuso de Poder -

Secretário afasta corregedores que aparecem em vídeo de ex-escrivã

Anúncio foi feito por meio de nota na noite desta segunda.

Delegados da Corregedoria em SP deixaram escrivã nua à força.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, determinou na noite desta segunda-feira (21) o afastamento de dois delegados lotados na Corregedoria da Polícia Civil. Eles aparecem vídeo no vídeo abaixo, em que uma ex-escrivã é obrigada a ficar nua para ser revistada.
A cena foi gravada em 15 de junho de 2009, em uma sala do 25º DP, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, após a denúncia exclusiva do canal band, o vídeo caiu na internet e ganhou notoriedade.
Um terceiro delegado que também esteve envolvido na ação da Corregedoria já não integra mais os quadros do departamento, de acordo com a nota.
O vídeo exibe os corregedores tirando à força a calça e a calcinha de uma escrivã suspeita de corrupção. Ela respondeu a processo administrativo e foi exonerada da Polícia Civil. O inquérito criminal ainda corre na Justiça.
O secretário determinou a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar "a responsabilidade funcional" de cada um dos corregedores, bem como do delegado titular da Divisão de Operações Policiais da Corregedoria à época, que, segundo a nota, "concorreu para o desfecho daquela intervenção policial".
O secretário também determinou a expedição de ofício ao procurador de Justiça "manifestando perplexidade com o requerimento de arquivamento do inquérito policial instaurado por abuso de autoridade pelo representante do Ministério Público".

Entrevista

Ex-escrivã se diz traumatizada até hoje

Em entrevista ao G1 nesta segunda, a ex-escrivã de 29 anos disse que se sente humilhada em dobro agora que o vídeo com a cena dentro da delegacia foi postado na internet. “É uma dupla humilhação, no dia e agora”, lamentou. Ela não quis ter o nome divulgado.

“Eles (da Corregedoria) entraram gritando, apontando armas. Naquele momento, eu não conseguia entender o que eles gritavam”, contou a ex-escrivã. Toda a sequência durou de 40 a 50 minutos. Ela disse não ter percebido quando a ação dos corregedores começou a ser filmada.

Segundo a ex-escrivã, em momento algum ela se recusou a ser revistada. Ela insistia apenas para que a revista fosse feita por uma mulher, como determina a lei. “Chamaram uma policial feminina e uma GCM (guarda-civil metropolitana) feminina, mas não deixaram que fizessem a revista”, disse.

“Na hora, senti desespero, acuada por aqueles homens, em uma situação humilhante. Na hora que tiraram a minha roupa, eu pedi pelo amor de Deus para não filmar a minha intimidade. Foi uma violência; como mulher, fui violentada”, enfatizou.
FONTE: blogdocabojulio, G1


Assinado
Marcello Reis
Fundador Revoltados ON LINE

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2 Comentários

  1. O inquerito contra a escrivã deveria ser revisto,uma vez que as informações fornecida pelos corregedores que armaram essa violência foi um tando tendenciosa. Não se pode colher provas com violência.

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  2. HUMMM, de bom GRADO com PAPINHO ela NUNCA iria CONFIRMA a PROVA do CRIME.
    .
    Se esta dando valor a MENOR a PROVA que o CRIME cometido.

    Ela tava com a GRANA dada, é este o PONTO.

    ou acham q ela diria:
    - T BOM! EU PEGUEI OS 200 MANGOS..

    ELA FOU FRACA DEVERIA TER CHORANDO PRA TEREM PENA, JA Q A PROVA VEJO Q NAO VALE nada!

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